Embora o clima esteja cada vez mais
quente e mesmo em meio as queimadas a natureza fala mais alto e já esta
chegando a safra do CAJUÍ, uma frutinha nativa que infelizmente não é muito
aproveitada por aqui .
Sua safra é em novembro, mas já é possível encontrar frutos precoces.
O cajuí (Anacardium humile) pertence à família Anacardiaceae, constituída por árvores e arbustos tropicais, que apresentam ramos sempre providos de canais resiníferos e folhas alternadas, coriáceas, sem estípulas. É composta por mais de 60 gêneros e 400 espécies, entre elas se destacam mangas, cajás, aroeiras e cajus. O fruto é conhecido popularmente também como cajuzinho-do-cerrado ou cajuzinho-do-campo.
A
espécie ocorre com freqüência em campo sujo e no cerrado, sendo as
principais áreas de distribuição os estados de Rondônia, Bahia, Goiás,
Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e
São Paulo.
O
fruto verdadeiro é uma núcula reniforme, com pericarpo duro e seco, de
cor parda, alcançando o seu tamanho final antes mesmo do pedicelo se
tornar espesso e modificado na forma de uma baga, varia de 1,5 cm a 2,5
cm de comprimento por 1,2 cm a 1,5 cm de largura, profundamente escavado
na parte central. O pedúnculo (pseudofruto) é de cor avermelhada, com 3
cm a 4 cm de comprimento, sucoso e ácido.
A
planta apresenta potencial medicinal e alimentar, podendo ser
enquadrada no grupo das fruteiras tropicais. O pseudofruto, um pouco
mais ácido que o cajueiro comum, e os frutos, são valorizados pelas
populações locais como fonte alimentar. O óleo encontrado na castanha é
corrosivo e volátil, contendo cardol e ácido anacárdico, considerados de
uso medicinal, com ação antisséptica e cicatrizante.
A
espécie é bastante produtiva, floresce de setembro a outubro e
frutifica em novembro. Suas sementes germinam com facilidade e suas
folhas, entretanto, apresentam-se bastante atacadas por fungos.
O
cajuí é fonte alimentar de canídeos silvestres neotropicais, como a
raposa-do-campo, que atua como agente dispersor em áreas mais secas do
cerrado e que, por apresentar elevada freqüência de sementes intactas
nas suas fezes durante diferentes períodos do ano, pode ser considerado
um dos recolonizadores de áreas abertas por atividade humana.
O hábito rasteiro torna a espécie mais susceptível a ações antrópicas e ao fogo, quando comparado ao cajueiro comum (Anacardium occidentale L.), concorrendo com outras espécies ao título de espécie ameaçada de extinção.
FONTE : http://fruticultura.webnode.com.br